É Natal
E diante de Teu filho bem-amado
Quero abrir meu coração
Este mesmo coração que tão bem conheces
Quero expor minha alma
E calar de uma vez toda descrença
Toda vaidade e desesperança
Quero baixar a guarda e deixar inoperantes as defesas
Colocar-me novamente ingênua diante da vida
E diante de Ti, colocar-me qual uma criança
Quero silenciar todas as queixas
Renunciar ao culto da autopiedade
E amaciar os golpes do destino com resignação
Para merecer o seu perdão
Quero, meu Pai, acolher o meu irmão
Nas horas mais intransigentes
Bem naquele pior momento
Em que a incompreensão aflora e todos se perdem
Quero impugnar meu próprio orgulho
Minha impaciência e meu deboche
Faça-me imune, senhor, ao meu pior elemento
Torna-me livre da ganância e do desejo de poder
Poupa-me da ignorância e do desamor
Quero tornar-me tão pura quanto minha alma imortal
Quero descartar meus privilégios
Como o fez Teu filho amado
Toca-me o coração, Senhor,
Tornando-o ávido por disseminar a fé
E toca com Teu espírito o coração dos homens
Amansa-os para que o mundo não termine em guerras
E o respeito pela vida
Possa triunfar sobre o egoísmo humano
Senhor, dá-lhes um pouco de Tua compreensão
De Tua Paz, de Tua própria Luz
Senhor ajuda-nos a suportar a dádiva de sermos seus filhos
De sermos feitos à sua própria semelhança
Ajuda-nos a conviver com nossa própria divindade
Que é tê-Lo em nós pelo sopro da Vida
Que nos animou quando viemos à LUZ
Senhor
Recria-nos, se preciso for
A exemplo de Teu filho, nosso Natal
Apenas o Teu olhar bendito
E renasceremos para Tua Glória,
AMÉM!